Os acidentes oculares são ocorrências muito comuns e podem causar desde lesões superficiais até sequelas irreversíveis na visão.
Geralmente, os traumas são classificados em dois tipos: contusos e químicos.
O primeiro é causado principalmente em ambientes domésticos com a introdução de objetos pontiagudos ou estilhaços nos olhos, além de pedras, estilingues, armas de brinquedo, entre outros. Além disso, pancadas violentas nos olhos podem causar a ruptura de estruturas oculares, além do deslocamento do cristalino.
Já os acidentes químicos (queimaduras oculares) costumam ser causados em ambientes de trabalho, podendo afetar o epitélio e causar danos profundos na retina. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, ocorrem cerca de 150 mil casos de acidentes ocupacionais oculares no Brasil todos os anos, envolvendo queimaduras e perfurações.
A falta de uso de equipamento de segurança é um dos principais responsáveis pelos acidentes nas empresas. O uso de óculos de proteção adequado, atenção e prudência nas atividades diárias são importantes para evitar acidentes.
É importante lembrar também que alguns sintomas, como ardência, vermelhidão, inchaço e dores nem sempre aparecem após os traumas. Em algumas situações, esses sinais demoram algum tempo para surgir.
Primeiros socorros
A agilidade no atendimento pode ser crucial para evitar danos irreversíveis aos olhos. O primeiro passo é acalmar a pessoa e estabilizar o olho atingido. Não se deve remover nenhum pedaço de fragmento, já que isso pode agravar o quadro.
Se o acidente for causado por produtos químicos o ideal é lavar os olhos com água limpa em abundância. Já em casos de perfurações, o atendimento oftalmológico deve ocorrer com urgência. No entanto, em todos os casos, é necessário procurar ajuda de um profissional, que irá analisar as lesões e realizar exames específicos.