A doença de Graves é uma condição autoimune que se caracteriza pela presença de hipertireoidismo, bócio, oftalmopatia e, ocasionalmente, dermopatia infiltrativa ou mixedema pré-tibial.
Essa doença é responsável por 60 a 80% dos casos de hipertireoidismo.
No campo oftalmológico, o paciente com a doença de Graves tem a musculatura ao redor do olho afetada, causando limitação da movimentação do olho e visão dupla ou estrabismo. A doença provoca a sensação de olhos secos ou de pressão nos olhos e, em alguns casos mais raros, pode levar a perda de visão ou afetar a córnea.
Quando há a suspeita desse tipo de doença, o oftalmologista pode solicitar exames de tireoide e, no caso de confirmação do problema, o paciente passa a ser acompanhado por um endocrinologista também.
Causas
A doença de Graves é uma condição autoimune, ou seja, é causada por um defeito no sistema imunológico que leva a destruição das células da tireoide e outros tecidos do corpo pelos próprios anticorpos.
Ela é mais comum em mulheres a partir dos 40 anos e também acredita-se que existe um fator genético para o seu desenvolvimento. Além disso, pessoas com outros distúrbios do sistema imunológico podem desenvolver a doença.
Nos casos de oftalmopatia, as causas ainda não estão esclarecidas, porém suspeita-se que os mesmos anticorpos que afetam as células da tireoide possam afetar também o globo ocular.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com a fase da doença. Geralmente, são prescritos remédios que controlam a tireoide e a inflamação da musculatura ao redor dos olhos.
Caso o problema resulte em estrabismo, pode ser necessário a realização de cirurgia. A oftalmopatia nem sempre melhora com o tratamento e os sintomas costumam piorar de três a seis meses. Depois desse período, eles geralmente se estabilizam, e aos poucos, começam a desaparecer.